É NA PRESENÇA DE DEUS QUE A TRISTEZA SALTA DE ALEGRIA?

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Quem afirma que na presença de Deus até a tristeza salta de alegria, baseia-se no versículo 22 do capítulo 41 do Livro de Jó, onde está escrito: "No seu pescoço pousa a força; perante ele, até a tristeza salta de alegria." Existe tradução que diz "prazer" em lugar de "alegria". Acontece que o versículo 22 está se referindo sobre quem já vem sendo descrito desde o versículo 1 do capítulo 41 de Jó, ou seja, o Leviatã. Pois bem, o Leviatã pode ser o mesmo crocodilo, como consta no Comentário Bíblico Beacon: "Segue-se imediatamente uma descrição detalhada de Leviatã - que também é uma transliteração do termo hebraico. Geralmente se considera que a descrição que melhor se encaixa é a de um crocodilo...". (CPAD, Comentário Bíblico Beacon, 3ª Edição, 2009, p. 92). 

Há quem defenda que o Leviatã seja uma baleia, ou um golfinho, ou mesmo um dinossauro que ainda existia nos dias de Jó. Fato é que, pelo contexto, não é na presença de Deus que a tristeza salta de alegria (prazer; espanto). 

Na verdade, o SENHOR está mostrando o quanto o homem é fraco diante do resto da criação, tanto que Ele apresenta tais criaturas. Esse animal que o texto relata, atribui a identidade dessa besta ao crocodilo, por ser ele um animal muito feroz e poderoso, o qual o homem não consegue domesticar; ele é inabordável. Jó disse que diante dele (o crocodilo) a tristeza salta de alegria (de prazer; de espanto), e não na presença de Deus. 

E você, o que tem a dizer sobre este assunto? Deixe o seu comentário!  

Que a graça do Senhor Jesus Cristo seja sempre abundante em sua vida!
   


Pastor Hafner
Bruxelas - Bélgica

Arnaldo Jabor x Wellington Menezes de Oliveira: qual o pior?

            A pergunta do  título parece incoerente. Alguém poderá até dizer: "Mas que pergunta absurda! Como comparar um assassino monstruoso como Wellington Menezes de Oliveira a um homem tão distinto e importante como Arnaldo Jabor?". Realmente, isso precisa de uma explicação e, para isso, vamos comparar os perfis dos dois e procurar entender o contexto que motivou a pergunta em pauta.



WELLINGTON MENEZES DE OLIVEIRA

A reportagem de capa da Revista Veja, Edição 2212, já dá uma ideia do perfil psicológico do assassino responsável pela morte de doze crianças na escola municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro, no dia 07 de abril de 2011: "O massacre de doze crianças em uma escola no Rio foi urdido por uma mente doentia que pretendia 'jogar um avião contra o Cristo Redentor'" (BETTI, Renata. Revista Veja, Editora Abril, edição 2212, ano 44 - nº 15, 13 de abril de 2011, p. 81). "Mente doentia", diz a reportagem da Veja. Isso é o que também afirma a reportagem no site de notícias da UOL: "A informação sobre os hospitais foi confirmada pelo chefe da Divisão de Homicídios do Rio, delegado Felipe Ettore, em entrevista na madrugada desta sexta-feira (8) ao Jornal da Globo. De acordo com o delegado, as conversas mantidas ontem durante o dia com parentes e pessoas do convívio de Oliveira apontaram que o atirador era uma “pessoa que tinha patologia mental” (grifo meu). Ettore destacou que a mãe biológica do rapaz seria esquizofrênica (grifo meu), conforme os relatos, mas não apontou como algo primordial, nas investigações, a localização dela pela polícia. (...) Investigações preliminares indicam que Oliveira apresentava um comportamento estranho nos últimos meses, desde que a mãe adotiva morreu, no ano passado. O pai já havia morrido (grifo meu). De acordo com os relatos, o atirador era introvertido e gostava de passar longas horas em frente ao computador, navegando na internet. Filho de mãe com problemas mentais que tentou o suicídio (grifo meu), Oliveira era o caçula de cinco filhos e foi adotado ainda criança. Tímido e retraído, segundo vizinhos, o atirador fazia poucas referências sobre a vida pessoal. Um dos relatos de conhecidos dele informa que Oliveira mudou a aparência nos últimos meses, passando a usar basicamente roupas pretas" (http//:www.noticias.uol.com.br).

            Ainda segundo a reportagem da Revista Veja, Wellington não tinha amigos nem confidentes conhecidos e que "outras estranhas  facetas desse rapaz adotado com dias de vida por parentes da mãe esquizofrênica já tinham vindo à tona antes. Na escola do bairro Realengo em que cursou o ensino fundamental e onde cometeu o massacre, a Tasso da Silveira, ele era o 'esquisitão da turma', na descrição de uma ex-colega. Em casa, vivia pendurado na barra da saia da mãe, testemunha de Jeová, e usava camisa e calça sociais mesmo nas poucas festas em que aparecia. Mas os traços mais evidentes de seu desequilíbrio mental surgiram há cerca de dois anos (...). VEJA obteve cópias de duas de suas fichas de renovação de matrícula no Colégio Estadual Madre Teresa de Calcutá, onde ele cursou o ensino médio. Na ficha de 2004, no espaço reservado à religião do aluno, ele escreveu: 'Testemunha de Jeová'. Na ficha de 2006, mudou a resposta para 'muçulmano'. (...) Na bolsa que deixou na escola de Realengo, a polícia encontrou alguns textos escritos por ele. Em um deles, o matador diz que passa 'umas 4 horas do dia lendo o Alcorão'. Em outro trecho registra: 'Algumas vezes, medito no 11/09' - referência ao atentado terrorista nos Estados Unidos em 2001.

            Wellington escolheu a dedo o cenário da matança. Mesmo com duas escolas públicas vizinhas à casa para onde ele se mudou depois da morte da mãe adotiva, no bairro de Sepetiba, ele preferiu percorrer 33 quilômetros para transformar em palco da sua carnificina o colégio em que havia estudado - e do qual não guardava boas recordações. Aluno mediano, segundo mostram boletins obtidos por VEJA, ele não tinha amigos e era alvo de piadas e humilhações da classe. Aos 10 anos, foi lançado a uma lixeira pelos colegas. Era apelidado de Sherman, uma referência ao personagem nerd do filme American Pie. 'A gente o xingava de tudo, zoava até cansar', diz um ex-colega." ( Idem, pp. 83, 84 e 85).

            Abaixo segue a reprodução da carta escrita por Wellington Menezes de Oliveira, dando algumas explicações confusas e informando como gostaria de ser sepultado: 


“Primeiramente deverão saber que os impuros não poderão me tocar sem luvas, somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas, ou seja, nenhum fornicador ou adúltero poderá ter um contato direto comigo, nem nada que seja impuro poderá tocar em meu sangue, nenhum impuro pode ter contato direto com um virgem sem sua permissão, os que cuidarem de meu sepultamento deverão retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar e me envolver totalmente despido em um lençol branco que está neste prédio, em uma bolsa que deixei na primeira sala do primeiro andar, após me envolverem neste lençol poderão me colocar em meu caixão. Se possível, quero ser sepultado ao lado da sepultura onde minha mãe dorme. Minha mãe se chama Dicéa Menezes de Oliveira e está sepultada no cemitério Murundu. Preciso de visita de um fiel seguidor de Deus em minha sepultura pelo menos uma vez, preciso que ele ore diante de minha sepultura pedindo o perdão de Deus pelo o que eu fiz rogando para que na sua vinda Jesus me desperte do sono da morte para a vida.
           
            Eu deixei uma casa em Sepetiba da qual nenhum familiar precisa, existem instituições pobres, financiadas por pessoas generosas que cuidam de animais abandonados, eu quero que esse espaço onde eu passei meus últimos meses seja doado a uma dessas instituições, pois os animais são seres muito desprezados e precisam muito mais de proteção e carinho do que os seres humanos que possuem a vantagem de poder se comunicar, trabalhar para se alimentarem, por isso, os que se apropriarem de minha casa, eu pelo por favor que tenham bom senso e cumpram o meu pedido, por cumprindo o meu pedido, automaticamente estarão cumprindo a vontade dos pais que desejavam passar esse imóvel para meu nome e todos sabem disso, senão cumprirem meu pedido, automaticamente estarão desrespeitando a vontade dos pais, o que prova que vocês não tem nenhuma consideração pelos nossos pais que já dormem, eu acredito que todos vocês tenham alguma consideração pelos nossos pais, provem isso fazendo o que eu pedi” (Wellington Menezes de Oliveira).


ARNALDO JABOR
 
Nasceu no Rio de Janeiro em 12 de dezembro de 1940. É cineasta, crítico e escritor. Formado no ambiente do Cinema Novo, participou da segunda fase do movimento, que buscava analisar a realidade nacional, inspirando-se no neo-realismo italiano e na nouvelle vague francesa. Seu primeiro longa metragem foi o inovador documentário Opinião Pública (1967), uma espécie de mosaico sobre como o brasileiro olha sua própria realidade.  No início dos anos 70, com o recrudescimento da repressão política e da censura, os antigos autores cinemanovistas procuram caminhos metáforicos, alegóricos, para driblar a ação do governo e poder expor suas propostas. Jabor faz o mesmo com Pindorama (1970). Mas aqui o excesso de barroquismo e de radicalismo contra o cinema clássico comprometem a qualidade da obra, como o próprio Jabor admitiria mais tarde. Seu próximo filme o redime completamente e se converte num dos grandes sucessos de bilheteria do cinema brasileiro: Toda Nudez Será Castigada (1973), adaptado da peça homônima de Nelson Rodrigues, possui um enfoque mais humano, mas ainda assim não poupa implacáveis críticas à hipocrisia da moral burguesa e de seus costumes, na história do envolvimento da prostituta Geni (Darlene Glória, no papel que lhe valeu o Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival de Berlim) com o viúvo Herculano (Paulo Porto). O filme seguinte, dessa vez adaptado de um romance de Nelson, é ainda mais forte nas suas investidas contra as deformidades comportamentais e sexuais da sociedade: O Casamento (1975), último filme da atriz Adriana Prieto, também foi bem recebido por crítica e público e rendeu a atriz Camila Amado o Kikito de ouro de melhor atriz coadjuvante. Com Tudo Bem (1978), inicia a chamada "Trilogia do Apartamento", talvez seu filme mais célebre que investiga, num tom de forte sátira e ironia, as contradições da sociedade brasileira já vitimada pelo fracasso do milagre econômico, isso no espaço restrito de um apartamento de classe média. A obra ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival de Brasília e proporcionou a Paulo Gracindo e Fernanda Montenegro, entre outros, grandes desempenhos. A película seguinte se dedica mais a uma análise intimista e sexual: Eu Te Amo (1980), obra que consagrou Paulo César Pereio e Sônia Braga no cinema, concentrando-se nas crises amorosas e existenciais de um homem e uma mulher. O próximo filme, Eu Sei que Vou Te Amar, com os jovens Fernanda Torres (ganhadora do prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes na ocasião) e Thales Pan Chacon na pele de um casal em crise, guarda semelhanças de forma e conteúdo com Eu Te Amo. Ambos os filmes se consagraram como grandes sucessos de bilheteria. Na década de 1990, por força das circunstâncias ditadas pelo governo Fernando Collor de Mello, que sucateou a produção cinematográfica nacional, Jabor foi obrigado a procurar novos rumos e encontrou na imprensa o seu ganha-pão. Estreou como colunista de O Globo no final de 1995 e mais tarde levou para a Rede Globo, no Jornal Nacional, Jornal da Globo e no Bom Dia Brasil, Jornal Hoje, Fantástico e também para a Rádio CBN, o estilo irônico com que comenta os fatos da atualidade brasileira. Seus dois últimos livros Amor É prosa, Sexo É poesia (Editora Objetiva, 2004) e Pornopolítica (Editora Objetiva, 2006) se tornaram best-sellers instantâneos. Abordando os mais variados temas (cinema, artes, sexualidade, política nacional e internacional, economia, amor, filosofia, preconceito), suas intervenções "apimentadas" na televisão e em suas colunas lhe renderam admiradores e muitos críticos. Depois do assassinato do guitarrista Dimebag Darrell, que foi noticiado no Brasil durante o Jornal da Globo, da Rede Globo, o cronista Arnaldo Jabor chamou a todos os headbangers de "violentos e sujos". Muitas cartas foram enviadas à emissora em protesto aos comentários.

            Prêmios e nomeações: ganhou o Urso de Prata, no Festival de Berlim, por Toda Nudez Será Castigada (1973); ganhou o Kikito de Ouro de Melhor Filme, no Festival de Gramado, por Toda Nudez Será Castigada (1973); ganhou o Prêmio Especial do Júri, no Festival de Gramado, por O Casamento (1975); ganhou o Candango de Melhor Filme, no Festival de Brasília, por Tudo Bem (1978).

            Livros publicados: Os canibais estão na sala de jantar (Editora Siciliano, 1993); Sanduíches de Realidade (Editora Objetiva, 1997); A invasão das Salsichas Gigantes (Editora Objetiva, 2001); Amor É Prosa, Sexo É Poesia (Editora Objetiva, 2004); Pornopolítica, (Editora Objetiva, 2006); Eu Sei Que Vou Te Amar, (Editora Objetiva, 2007).

(Wikipédia, Internet, consulta em 20 de abril de 2011, às 16:30h)


            Voilà! Comparando os dois perfis, não temos dúvida de que o perfil do "Assassino de Realengo", Wellington Menezes de Oliveira, é inversamente proporcional ao perfil de Arnaldo Jabor. O primeiro, Wellington Oliveira, tinha patologia mental, era um aluno medíocre, tímido, retraído e cheio de traumas - um rejeitado pela sociedade. O segundo, Arnaldo Jabor, é um homem conceituado nacional e internacionalmente, inteligente, com QI acima da média, lúcido, usufruindo de uma mente sadia e racional - um aclamado pela sociedade. Então, onde o perfil de Wellington Menezes de Oliveira se encontra com o de Arnaldo Jabor?  Eles se encontram na ignorância das atitudes: o primeiro no agir, o segundo no falar. Arnaldo Jabor, com toda sua inteligência, fala de um Deus que não conhece; Wellington Oliveira agiu em nome de um deus ladrão, mentiroso e homicida. Nesse ponto, nenhum é pior do que o outro - ambos são iguais. O assassino ceifou vidas humanas motivado por uma mente doentia; o intelectual atacou o Reino do Deus Vivo e a fé cristã com uma mente sã, porém impregnada de uma louca ideologia.

            Leia, na íntegra, o comentário de Arnaldo Jabor sobre a tragédia de Realengo:


Arnaldo Jabor
 "Esse foi um massacre religioso! Como a matança dos inocentes de Herodes, ele foi o anjo da morte de um deus louco. A carta que este homem deixou, mostra isso: pureza - impureza, virgindade - adultério; o seu sangue intocável por fornicadores; seu enterro de filho virgem ao lado da mãe santa, de onde Jesus o despertará. O seu ritual de sepultamento é místico: "quero ser banhado e envolvido nu num lençol branco e puro", como um Cristo. Espantosamente, na carta, vemos que massacrou em busca de perdão. E para punir, matando meninas, principalmente - futuras pecadoras, talvez, na cabeça dele. Na história do mundo, a ideia de Deus foi essencial para nomear o inconsciente humano e saciar nosso desejo de eternidade. Sem a ideia de Deus, a civilização seria impossível. Só que com a falência da felicidade no mundo incompreensível de hoje, Deus pode deixar de ser uma fonte de consolo e se transformar num agente do terror. Reaparece o mesmo deus, que queimou milhares de feiticeiras na Idade Média; o deus do Irã, que apedreja as mulheres; o deus que arma os homens bomba, em nome de Alá; o deus que jogou os aviões contra Nova Iorque. Nos tempos trágicos de hoje, surgiu o deus da morte. E a dor que sentimos com esse crime, é de abandono. O ato desse assassino nos faz sentir que estamos sozinhos, e que Deus está ausente".

(JABOR, Arnaldo. Jornal da Globo, Comentário, 08 de abril de 2011.)


            Comparando a carta do "Assassino de Realengo" com o comentário de Arnaldo Jabor, percebemos a existência de um ponto em comum entre os dois: a INSANIDADE. Wellington Menezes de Oliveira delirou com sua mente doentia; Arnaldo Jabor enlouqueceu em sua intelectualidade humanista. A palavra de Deus diz no Livro dos Salmos, capítulo 14.1: " O tolo diz em seu coração: Não há Deus". A revolta de Arnaldo Jabor é justificável. O que não justifica são as palavras que ele utilizou para manifestar o seu repúdio ao crime. "Esse foi um massacre religioso!", bradou o comentarista no início do seu protesto abrasado, sem perceber que o mesmo Satanás que incitou Wellington Menezes de Oliveira a praticar aquela barbárie em Realengo, aproveitando-se de sua patologia psiquica, também o incentivou a pronunciar palavras de acusação contra o Deus Vivo, aproveitando-se da sua racionalidade iluminista,  como se Deus fosse o culpado pelo estado de miséria em que se encontra a humanidade. Afirmar que foi "um massacre religioso" é, no mínimo, não saber o significado da palavra Religião.

          "...ele foi o anjo da morte de um deus louco". Sim, Arnaldo Jabor, o mentalmente perturbado Wellington Menezes de Oliveira foi um "anjo da morte de um deus louco". Deus com d minúsculo mesmo, pois se refere não ao Deus Santo, criador dos céus e da Terra, mas ao deus deste século, como a própria Palavra de Deus diz: "Mas, se ainda o nosso Evangelho está encoberto, é naqueles que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus" (2 Co 4.3-4). O "deus louco" a quem você se refere, cegou o teu entendimento, Arnaldo Jabor, para que você e muitos que defendem a tua mesma ideologia, não tenham as mentes resplandecidas pela luz do Evangelho do Senhor Jesus Cristo. Foi o deus deste século, Satanás, que nomeou "anjos da morte" para matar milhares de pessoas na Idade Média e para praticar as demais coisas que você atribui ao Deus Único, Santo, Onipotente, Onipresente e Onisciente. Logo você, que tanto se defende de textos que são postados na Internet e cuja autoria lhe é atribuída.

            "O ato desse assassino nos faz sentir que estamos sozinhos, e que Deus está ausente". Você começou o  teu comentário mal e  o terminou pior ainda, Arnaldo Jabor. Você pode se sentir sozinho, justamente como outros que pensam como você. Mas nós, que cremos Naquele que vive e reina para todo o sempre, não estamos sozinhos. O Senhor nosso Deus sempre está a nos dizer: "Pode uma mulher esquecer-se de seu filho de peito, de maneira que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti" (Isaías 49.15). Deus é Onipresente! É o  teu intelectualismo arrogante, Jabor, que te faz delirar e não entender o amor de Deus e a Sua reta justiça.

            Uma coisa deve ser dita: ainda há esperança para Arnaldo Jabor! Não é o caso de Wellington Menezes de Oliveira, pois para este  não existe mais salvação, porque está escrito na Palavra de Deus, em Hebreus 9.27: "Aos homens está ordenado morrerem uma só vez, VINDO DEPOIS O JUÍZO". Portanto, Arnaldo Jabor ainda tem tempo de aceitar ao Senhor Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador e, quando ele fizer isso, conhecerá a Verdade e a Verdade o libertará, "porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16). Se todo o mundo se voltar para Deus, na bendita pessoa do Senhor Jesus Cristo, nunca mais teremos massacres em Realengo, aviões se chocando contra torres ou qualquer outro tipo de crime que reflete o estado miserável de uma sociedade sem DEUS.


Pastor Hafner
Chavannes - Suíça

Coelhinho da Páscoa que trazes pra mim?

            Quem nunca ouviu "coelhinho da páscoa que trazes pra mim", música e letra de Olga Bhering Pohlmann? A letra é bem assim:

Coelhinho da Páscoa, que trazes pra mim?
Um ovo, dois ovos, três ovos assim!
Um ovo, dois ovos, três ovos assim!

Coelhinho da Páscoa, que cor eles têm?
Azul, amarelo e vermelho também!
Azul, amarelo e vermelho também!

Coelhinho da Páscoa, com quem vais dançar?
Com esta menina que sabe cantar!
Com esta menina que sabe cantar!

Coelhinho maroto, porque vais fugir?
Em todas as casas eu tenho que ir!
Em todas as casas eu tenho que ir!

            Uma musiquinha bonitinha e aparentemente inocente. Mas só aparentemente! Ela traz explicitamente uma mensagem deturpada do verdadeiro sentido da Páscoa, incutindo na cabeça de nossas crianças uma heresia que substitui o sagrado pelo profano. Essas crianças, quando adultas, transmitirão aos seus filhos um falso ensinamento sobre a Páscoa; seus filhos transmitirão aos seus netos e, assim, seguirá por gerações. Pegue uma criança e pergunte o que significa a Páscoa pra ela. Certamente ela responderá que é a época em que se come muitos ovos de chocolate trazidos pelo coelhinho. "Coelhinho da páscoa que trazes pra mim? Um ovo, dois ovos, três ovos assim!" Satanás tenta, de todas as formas, desvirtuar a Palavra de Deus.

            Vejamos o que diz a Bíblia Sagrada acerca da Páscoa:


"Ora, o SENHOR falou a Moisés e a Arão na terra do Egito, dizendo: Este mês será para vós o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano. Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Ao décimo dia deste mês tomará cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada família. Mas se a família for pequena demais para um cordeiro, tomá-lo-á juntamente com o vizinho mais próximo de sua casa, conforme o número de almas; conforme ao comer de cada um, fareis a conta para o cordeiro. O cordeiro, ou cabrito, será sem defeito, macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras, e o guardareis até o décimo quarto dia deste mês; e toda a assembléia da congregação de Israel o matará à tardinha: Tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambos os umbrais e na verga da porta, nas casas em que o comerem. E naquela noite comerão a carne assada ao fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão. Não comereis dele cru, nem cozido em água, mas sim assado ao fogo; a sua cabeça com as suas pernas e com a sua fressura. Nada dele deixareis até pela manhã; mas o que dele ficar até pela manhã, queimá-lo-eis no fogo. Assim pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; Porque naquela noite passarei pela terra do Egito, e ferirei todos os primogênitos na terra do Egito, tanto dos homens como dos animais; e sobre todos os deuses do Egito executarei juízos; eu sou o SENHOR. Mas o sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu o sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga para vos destruir, quando eu ferir a terra do Egito. E este dia vos será por memorial, e celebrá-lo-eis por festa ao SENHOR; através das vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo. Por sete dias comereis pães ázimos; logo ao primeiro dia tirareis o fermento das vossas casas, porque qualquer que comer pão levedado, entre o primeiro e o sétimo dia, esse será cortado de Israel. E ao primeiro dia haverá uma santa convocação; também ao sétimo dia tereis uma santa convocação; neles não se fará trabalho algum, senão o que diz respeito ao que cada um houver de comer; somente isso poderá ser feito por vós. Guardareis, pois, a festa dos pães ázimos, porque nesse mesmo dia tirei vossos exércitos da terra do Egito; pelo que guardareis este dia através das vossas gerações por estatuto perpétuo. No primeiro mês, aos catorze dias do mês, à tarde, comereis pães ázimos até vinte e um do mês à tarde. Por sete dias não se ache fermento algum nas vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, esse será cortado da congregação de Israel, tanto o peregrino como o natural da terra. Nenhuma coisa levedada comereis; em todas as vossas habitações comereis pães ázimos. Chamou, pois, Moisés todos os anciãos de Israel, e disse-lhes: Ide e tomai-vos cordeiros segundo as vossas famílias, e imolai a Páscoa. Então tomareis um molho de hissopo, embebê-lo-eis no sangue que estiver na bacia e marcareis com ele a verga da porta e os dois umbrais; mas nenhum de vós sairá da porta da sua casa até pela manhã. Porque o SENHOR passará para ferir aos egípcios; e, ao ver o sangue na verga da porta e em ambos os umbrais, o SENHOR passará aquela porta, e não deixará o destruidor entrar em vossas casas para vos ferir. Portanto guardareis isto por estatuto para vós e para vossos filhos, para sempre. Quando, pois, tiverdes entrado na terra que o SENHOR vos dará, como tem prometido, guardareis este culto. E quando vossos filhos vos perguntarem: Que quereis dizer com este culto? Respondereis: Este é o sacrifício da Páscoa do SENHOR, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios, e livrou as nossas casas. Então o povo inclinou-se e adorou." (Êxodo 12.1-27).esta é a Páscoa do SENHOR.

               Destaquei do texto as palavras "cordeiro" e "ervas amargosas", para deixar claro que é  Cordeiro, e não COELHO; Ervas amargosas, e não CHOCOLATES. E quando vossos filhos vos perguntarem: Que quereis dizer com este culto? Respondereis: Este é o sacrifício da Páscoa do SENHOR". Isso porque sei que muitos pais não sabem ensinar seus filhos o verdadeiro significado da Páscoa - inclusive pais cristãos. E, como se isso já não fosse o suficiente, há Igrejas em que se distribui ovos de chocolate entre os seus fiéis no período da Páscoa, alastrando essa prática, que é no mínimo mundana, pelo meio do povo de Deus. Se continuar assim, vai chegar um dia que terá crente cantando: "Coelhinho da páscoa que trazes pra mim...". Ora, os fatos relatados no Antigo Testamento são sombras daquilo que haveria de acontecer. O próprio Tabernáculo que Moisés construiu por ordem de Deus representava, em toda sua estrutura, o Senhor Jesus Cristo (vamos tratar deste assunto em uma outra postagem). Com a Páscoa não é diferente: O cordeiro sacrificado aponta para o Senhor Jesus. Por isso João Batista ao vê-Lo falou, sob a inspiração do Espírito Santo: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (João 1.29). Sim, o Senhor Jesus Cristo é a nossa Páscoa. O Apóstolo Paulo escrevendo aos Coríntios falou: "Expurgai o fermento velho, para que sejais massa nova, assim como sois sem fermento. Porque Cristo, nossa Páscoa, já foi sacrificado" (1 Co 5.7).

            Além do texto bíblico que citamos acima (Êx 12.1-27), vejamos mais alguns outros nos Antigo e Novo Testamentos que falam sobre a Páscoa:

             E Moisés disse ao povo: Lembrai-vos deste dia, em que saístes do Egito, da casa da servidão; pois com mão forte o SENHOR vos tirou daqui; portanto não se comerá pão levedado. Hoje, no mês de abibe, vós saís. Quando o SENHOR te houver introduzido na terra dos cananeus, dos heteus, dos amorreus, dos heveus e dos jebuseus, que ele jurou a teus pais que te daria, terra que mana leite e mel, guardarás este culto neste mês. Sete dias comerás pães ázimos, e ao sétimo dia haverá uma festa ao SENHOR. Sete dias se comerão pães ázimos, e o levedado não se verá contigo, nem ainda fermento será visto em todos os teus termos. Naquele dia contarás a teu filho, dizendo: Isto é por causa do que o SENHOR me fez, quando eu saí do Egito; e te será por sinal sobre tua mão e por memorial entre teus olhos, para que a lei do SENHOR esteja em tua boca; porquanto com mão forte o SENHOR te tirou do Egito. Portanto guardarás este estatuto a seu tempo, de ano em ano” (Êx 13.3-10).
            “Guarda o mês de abibe, e celebra a Páscoa ao SENHOR teu Deus; porque no mês de abibe, de noite, o SENHOR teu Deus tirou-te do Egito. Então, das ovelhas e das vacas, sacrificarás a Páscoa ao SENHOR teu Deus, no lugar que o SENHOR escolher para ali fazer habitar o seu nome. Nela não comerás pão levedado; por sete dias comerás pães ázimos, pão de aflição (porquanto apressadamente saíste da terra do Egito), para que te lembres do dia da tua saída da terra do Egito, todos os dias da tua vida. O fermento não aparecerá contigo por sete dias em todos os teus termos; também da carne que sacrificares à tarde, no primeiro dia, nada ficará até pela manhã. Não poderás sacrificar a Páscoa em qualquer uma das tuas cidades que o SENHOR teu Deus te dá, mas no lugar que o SENHOR teu Deus escolher para ali fazer habitar o seu nome; ali sacrificarás a Páscoa à tarde, ao pôr do sol, ao tempo determinado da tua saída do Egito. Então a cozerás, e comerás no lugar que o SENHOR teu Deus escolher; depois, pela manhã, voltarás e irás às tuas tendas. Seis dias comerás pães ázimos, e no sétimo dia haverá assembléia solene ao SENHOR teu Deus; nele nenhum trabalho farás” (Dt 16.1-8).
            “Estando, pois, os filhos de Israel acampados em Gilgal, celebraram a Páscoa no dia catorze do mês, à tarde, nas planícies de Jericó” (Js 5.10).
            “Então o rei deu ordem a todo o povo dizendo: Celebrai a Páscoa ao SENHOR vosso Deus, como está escrito neste livro do pacto. Pois não se celebrara tal Páscoa desde os dias dos juízes que julgaram a Israel, nem em todos os dias dos reis de Israel, nem tampouco nos dias dos reis de Judá. Foi no décimo oitavo ano do rei Josias que esta Páscoa foi celebrada ao SENHOR em Jerusalém” (2 Rs 23.21-23).
            “Então Josias celebrou a Páscoa ao SENHOR em Jerusalém; imolou-se o cordeiro da Páscoa no décimo quarto dia do primeiro mês. E estabeleceu os sacerdotes nos seus cargos, e os animou a servirem na casa do SENHOR. E disse aos levitas que ensinavam a todo o Israel e que estavam consagrados ao SENHOR: Ponde a arca sagrada na casa que Salomão, filho de Davi, rei de Israel, edificou; não tereis mais esta carga sobre os vossos ombros. Agora servi ao SENHOR vosso Deus e ao seu povo Israel; preparai-vos segundo as vossas casas paternas, e segundo as vossas turmas, conforme o preceito de Davi, rei de Israel, e o de Salomão, seu filho. E estai no lugar santo segundo as divisões das casas paternas de vossos irmãos, os filhos do povo, e haja para cada divisão uma parte de uma família levítica. Também imolai a Páscoa, e santificai-vos, e preparai-a para vossos irmãos, fazendo conforme a palavra do SENHOR dada por intermédio de Moisés. Ora, Josias deu aos filhos do povo, a todos que ali estavam, cordeiros e cabritos do rebanho em número de trinta mil, todos para os sacrifícios da Páscoa, e três mil novilhos; isto era da fazenda do rei. Também os seus príncipes fizeram ofertas voluntárias ao povo, aos sacerdotes e aos levitas; Hilquias, Zacarias e Jeiel, chefes da casa de Deus, deram aos sacerdotes, para os sacrifícios da Páscoa, dois mil e seiscentos cordeiros e cabritos e trezentos novilhos.Também Conanias, e Semaías e Netanel, seus irmãos, como também Hasabias, Jeiel e Jozabade, chefes dos levitas, apresentaram aos levitas, para os sacrifícios da Páscoa, cinco mil cordeiros e cabritos e quinhentos novilhos. Assim se preparou o serviço, e puseram-se os sacerdotes nos seus postos, e os levitas pelas suas turmas, conforme a ordem do rei. Então imolaram a Páscoa; e os sacerdotes espargiam o sangue que recebiam das mãos dos levitas, e estes esfolavam as reses. E puseram à parte os holocaustos para os distribuírem aos filhos do povo, segundo as divisões das casas paternas, a fim de que os oferecessem ao SENHOR, como está escrito no livro de Moisés; e assim fizeram com os novilhos. Assaram a Páscoa ao fogo, segundo a ordenança; e as ofertas sagradas cozeram em panelas em caldeirões e em tachos, e prontamente as repartiram entre todo o povo. Depois prepararam o que era preciso para si e para os sacerdotes; porque os sacerdotes, filhos de Arão, se ocuparam até a noite em oferecer os holocaustos e a gordura; pelo que os levitas prepararam para si e para os sacerdotes, filhos de Arão. Os cantores, filhos de Asafe, estavam no seu posto, segundo o mandado de Davi, de Asafe, de Hemã e de Jedútum vidente do rei; como também os porteiros estavam a cada porta; não precisaram se desviar do seu serviço, porquanto seus irmãos, os levitas preparavam o necessário para eles. Assim se estabeleceu todo o serviço do SENHOR naquele dia, para celebrar a Páscoa, e para oferecer holocaustos sobre o altar do SENHOR, segundo a ordem do rei Josias. E os filhos de Israel que ali estavam celebraram a Páscoa naquela ocasião e, durante sete dias, a festa dos pães ázimos. Nunca se celebrara em Israel uma Páscoa semelhante a essa, desde os dias do profeta Samuel; e nenhum dos reis de Israel celebrara tal Páscoa como a que Josias celebrou com os sacerdotes e levitas, e todo o Judá e Israel que ali estavam, e os habitantes de Jerusalém. Foi no décimo oitavo ano do reinado de Josias que se celebrou esta Páscoa” (2 Cr 35.1-19).
            “E os que vieram do cativeiro celebraram a Páscoa no dia catorze do primeiro mês. Pois os sacerdotes e levitas se tinham purificado como se fossem um só homem; todos estavam limpos. E imolaram o cordeiro da Páscoa para todos os filhos do cativeiro, e para seus irmãos, os sacerdotes, e para si mesmos” (Ed 6.19-20).
            “Assim que cumpriram tudo segundo a lei do SENHOR, voltaram à Galiléia, para sua cidade de Nazaré. E o menino ia crescendo e fortalecendo-se, ficando cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. Ora, seus pais iam todos os anos a Jerusalém, à festa da Páscoa. Quando Jesus completou doze anos, subiram eles segundo o costume da festa (...)” (Lc 2.39-42).
            “Estando próxima a Páscoa dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém. E achou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas, e também os cambistas ali sentados; e tendo feito um azorrague de cordas, lançou todos fora do templo, bem como as ovelhas e os bois; e espalhou o dinheiro dos cambistas, e virou-lhes as mesas; e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio. Lembraram-se então os seus discípulos de que está escrito: O zelo da tua casa me devorará. Protestaram, pois, os judeus, perguntando-lhe: Que sinal de autoridade nos mostras, uma vez que fazes isto? Respondeu-lhes Jesus: Derribai este santuário, e em três dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do santuário do seu corpo. Quando, pois ressurgiu dentre os mortos, seus discípulos se lembraram de que dissera isto, e creram na Escritura, e na palavra que Jesus havia dito. Ora, estando ele em Jerusalém pela festa da Páscoa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome” (Jo 2.13-23).
            “Sabeis que daqui a dois dias é a Páscoa; e o Filho do homem será entregue para ser crucificado. (...) Ora, no primeiro dia dos pães ázimos, vieram os discípulos a Jesus, e perguntaram: Onde queres que façamos os preparativos para comeres a páscoa? Respondeu ele: Ide à cidade a um certo homem, e dizei-lhe: O Mestre diz: O meu tempo está próximo; em tua casa celebrarei a Páscoa com os meus discípulos. E os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara, e prepararam a Páscoa. Ao anoitecer reclinou-se à mesa com os doze discípulos; e, enquanto comiam, disse: Em verdade vos digo que um de vós me trairá. E eles, profundamente contristados, começaram cada um a perguntar-lhe: Porventura sou eu, Senhor? Respondeu ele: O que mete comigo a mão no prato, esse me trairá. Em verdade o Filho do homem vai, conforme está escrito a seu respeito; mas ai daquele por quem o Filho do homem é traído! bom seria para esse homem se não houvera nascido.Também Judas, que o traía, perguntou: Porventura sou eu, Rabí? Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste. Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, abençoando-o, o partiu e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. E tomando um cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; pois isto é o meu sangue, o sangue do pacto, o qual é derramado por muitos para remissão dos pecados. Mas digo-vos que desde agora não mais beberei deste fruto da videira até aquele dia em que convosco o beba novo, no reino de meu Pai. E tendo cantado um hino, saíram para o Monte das Oliveiras” (Mt 26.2, 17-30).
            Ver também: Marcos 14.1, 12-31; Lucas 22.1, 7-38; João 11.55; 12.1; 13.1; 18.28 e 19.14; Atos 12.4; 1 Coríntios 5.7-8.
            Na Bíblia de Estudo das Profecias podemos ler o seguinte sobre a Páscoa:
            "Pense em qualquer evento significativo da vida: é praticamente certo que exista de algum modo uma refeição relacionada ao evento. Consumir alimentos em conjunto cria um laço entre as pessoas. Talvez seja porque, ao comer, usamos ao mesmo tempo muitos de nossos sentidos: paladar, tato e olfato. O evento, seja qual for, fica então registrado em nossa mente. Deus entende perfeitamente esse fenômeno e, por isso, não é de surpreender que o Senhor tenha ordenado aos israelitas que comessem antes de deixar o Egito (ver Êx 12). Essa refeição, chamada de Páscoa, foi uma parte memorável da maravilhosa libertação do povo judeu do jugo egípcio, proporcionada por Deus ao seu povo. Um cordeiro sem defeito foi sacrificado em cada casa para a preparação desta refeição. O sangue deste cordeiro foi aspergido sobre os umbrais das portas das casas. Enquanto o cordeiro era preparado com ervas amargas, o Senhor se moveu por toda a terra do Egito executando jugamento. Deus passou direto por todas as casas que exibiam o sangue do cordeiro sacrificial em suas portas.

               A refeição pascal tornou-se uma festa anual para os israelitas. Por todas as gerações seguintes, os hebreus comeram pão sem fermento e cordeiro assado, lembrando-se do que Deus havia feito aos seus antepassados naquela noite fatídica no Egito.

               Mais do que uma lembrança, a refeição também apontava para frente, para uma libertação ainda maior que Deus operaria. Cerca de catorze séculos mais tarde, Jesus Cristo viria à terra como "o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (Jo 1.29). Ele seria o "cordeiro sem defeito e sem mácula", ou sem pecado (1 Pe 1.19). Seria sacrificado por nossos pecados (Hb 10.12). Seu sangue seria aspergido em nossas consciências (Hb 9.11-22). Não é de admirar que Paulo tenha identificado Jesus como "Cristo, nosso Cordeiro pascal" (1 Co 5.7).

Na noite anterior à sua morte, Jesus se reuniu com os seus discípulos para celebrar pela última vez a grande festa da Páscoa. Enquanto comiam lembravam-se como sua nação havia sido liberta da escravidão egípcia. Então Jesus chamou a atenção do grupo para uma libertação espiritual ainda maior, prestes a acontecer. Para ajudá-los (e a nós) a lembrar do maravilhoso dom da salvação, Jesus instituiu uma nova e diferente refeição cerimonial, composta apenas de pão e vinho. Chamada de Ceia do Senhor, Comunhão ou Eucaristia, esta refeição aponta para a cruz, para a ressurreição e para tudo o que Deus faz por nós. Nela temos a expressão máxima da infinita misericórdia e do amor divinos.
           
            Uma lembrança solene: não é comum os cristãos celebrarem a Páscoa ao modo judaico. Mas eles tomam parte na Ceia do Senhor. Na próxima vez que você segurar em sua mão aquele pedaço de pão, pense na cerimônia da Páscoa e na enorme quantidade de pessoas que já sentiram o gosto da libertação de Deus. Ao beber o vinho ou o suco de uva, lembre-se do precioso sangue de Jesus Cristo, seu "Cordeiro pascal", que o salvou da escravidão do pecado."

(Bíblia de Estudo das Profecias, Editoras Atos e SBB, 2ª Edição, 2001, p. 80)

            Espero que este assunto tenha ficado claro e que aqueles que cantam  "coelhinho da páscoa que trazes pra mim...", passem a cantar o hino 301 da Harpa Cristã, que diz: 

Cristo já nos preparou
Um manjar que nos comprou,
E, agora, nos convida a cear;
Com celestial maná,
Que de graça Deus te dá,
Vem, faminto, tua alma saciar.

"Vem cear", o Mestre chama, "vem cear"
Mesmo hoje tu te podes saciar;
Poucos pães multiplicou,
Água em vinho transformou,
Vem, faminto, a Jesus, "vem cear".

Eis discípulos a voltar,
Sem os peixes apanhar,
Mas Jesus os manda outra vez partir,
Ao tornar à praia, então,
Vêem no fogo, peixe e pão,
E Jesus que os convida à ceia vir.

Quem sedento se achar,
Venha a Cristo sem tardar,
Pois o vinho sem mistura Ele dá
E também da vida, o pão,
Que nos traz consolação;
Eis que tudo preparado já está.

Breve Cristo vai descer,
E a Noiva receber,
Seu lugar ao lado do Senhor Jesus;
Quem a fome suportou,
E a sede já passou,
Lá no céu irá cear em Santa Luz.

               A graça do Senhor Jesus Cristo (nossa Páscoa); e o amor de Deus; e a comunhão do Espírito Santo seja contigo. Amém!

O cego que tem visão!

            Você já ouviu falar em algum cego que enxerga? Pois eu conheço um que vê coisas que muita gente que tem visão não vê. Você pode estar me dizendo: "Então ele não é cego!". Pois eu te garanto que ele é ceguinho "da Silva". Não só eu, mas também o Oftalmologista e irmão em Cristo, Dr. Gerson Pereira do Nascimento Junior, do Instituto da Visão de Itabuna, que realizou uma Oftalmoscopia e diagnosticou "cegueira de nascença". A mãe dele, Dona Olga, diz que não. Ela conta que o filho "enxergava tudo até os dois anos de idade e, de uma hora pra outra, ele ficou cego". O Dr. Gerson nos afirmou que essa história não condiz com os fatos pois, ao examiná-lo com o Oftalmoscópio, concluiu que ele nasceu cego mesmo. Todavia, não precisa ser Oftalmologista para perceber que o abnegado em questão sofre realmente de cegueira. Quem olhar para os seus olhos logo irá notar que são totalmente sem vida e de um "azul cinzento" sem brilho, com as órbitas oculares movendo-se frenéticamente de um lado para o outro, característica de quem é totalmente cego. 


Diácono Edilson "Benção Pura"
 Estou falando de Edilson Silva Santos, carinhosamente conhecido como "Edilson Benção Pura". Ele nasceu em Itabuna, Sul da Bahia, no dia 16 de julho de 1974, filho de Genésio Batista dos Santos e de Olga Maria Silva, sendo o segundo filho entre 10 irmãos. Começou a frequentar a Igreja Evangélica Assembléia de Deus quando tinha apenas três anos de idade, levado pela mãe, Dona Olga. Desceu as águas batismais no dia 12 de outubro de 1992, então com 18 anos de idade. Mas foi aos 13 anos que Deus começou a usá-lo. Passou a pregar a Palavra do SENHOR quando estava com 19 anos, na Congregação do bairro Nova Califórnia, em Itabuna. No dia 25 de janeiro de 2001 contraiu matrimônio com a Missionária Ivanira Maria Santana (conhecida por Irmã Marta). Atualmente é Diácono da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, Pregador da Palavra e congrega na Igreja do bairro em que mora (Vale do Sol), onde dirige o Culto da "Tarde da Bênção", juntamente com a Irmã Marta, aos sábados, a partir das 14:00h. Também é Radialista e tem um Programa na Rádio Difusora chamado "Cristo é a Esperança", que vai ao ar todos os sábados e domingos das 22:00h às 00:00h. É apaixonado por política, tendo sido candidato a Vereador em seu Município no ano de 2008, com uma votação expressiva, mas insuficiente para o eleger (quem perdeu foi o povo, pois o Vereador mais votado e alguns outros mostraram logo as garras da corrupção).

            A casa de Edilson pode ser considerada um refúgio espiritual. Lá não deixa de chegar pessoas precisando de oração, aconselhamento e palavras de conforto. Mas chegam também aqueles que só querem tomar um cafezinho feito pela Irmã Marta e baterem um bom papo, regado a risadas, com o sempre disposto Edilson Benção Pura. Campanhas de Oração são constantes na vida do casal Edilson e Irmã Marta - não importa quem solicite, eles sempre estão dispostos a combater em oração lado a lado com o irmão ou irmã que abre uma Campanha, seja na casa deles, na própria casa ou no monte. Edilson também não perde a oportunidade de evangelizar. Juntamente com sua fiel esposa e companheira de todas as horas, percorre os bairros de Itabuna e até outras cidades, proclamando o Evangelho do Senhor Jesus Cristo. 

            Você deve estar querendo saber neste momento como Edilson, sendo cego, consegue ter visão. Bem, no Livro do Profeta Joel , capítulo 2 e versículo 28 está escrito: "E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões (...)". Essas promessas de Deus  foram para os nossos dias, ou seja, para o período do Novo Testamento, conforme o discurso de Pedro em Atos 2.14-36. Edilson, pela graça de Deus e para Sua própria glória, possui o dom de visões e Profecias. Ele vê além do que podemos ver, pois o Espírito Santo de Deus lhe conferiu tal dom. Não é uma visão carnal, limitada, mas uma visão espiritual que retrata a realidade do que está acontecendo ou do que vai acontecer. Edilson sabe que os seus dons procedem de Deus e não dele mesmo. Como já disse anteriormente, foi quando tinha 13 anos de Idade que Deus começou a usá-lo, em um final de Campanha numa Congregação da Assembléia de Deus na cidade de Itabuna. "Deus abriu a minha visão e eu vi um varão alto, formoso, que segurava uma espada em uma das mãos. Ele começou visitando primeiro os Grupos (das crianças, senhoras, senhores...), depois foi para a tribuna. Por onde ele passava e estendia a espada, os irmãos eram renovados, batizados com o Espírito Santo..." - relatou Edilson em entrevista a este Blog. Sou grato ao SENHOR pelas vidas de Edilson e de sua esposa, pois aprendi muito com eles acerca dos mistérios de Deus, e isso contribuiu muito para minha vida espiritual e para o Ministério que Deus colocou em minhas mãos. 

            Algumas preferências do Profeta de Deus, Edilson "Bênção Pura":

  • Cantor: Cícero Nogueira.
  • Cantora: Lauriete. 
  • Pregador: Gilvan Rodrigues.
  • Música: todas as de Cícero Nogueira.
  • Hino da Harpa: 141 - Onde Guiar-me.
  • Livro da Bíblia:  Evangelho de João.
  • Personagem Bíblico: Apóstolo Paulo.
  • Prato: Frango.
  • Bebida: Coca-Cola.
  • Partido Político: Democratas.
  • Personagem Político: Deputado Federal Pr. Takayama.

Pastor Hafner
Chavannes - Suíça

A trilogia de Dan Brown: alerta para o crente desavisado!




            Li "Anjos e Demônios", "O Símbolo Perdido" e estou lendo "O Código da Vinci". Me interessei pela trilogia como Graduando em História e como Teólogo. Realmente Dan Brown apresenta fatos, como deixa claro logo no início dos seus livros em questão. E, como sabemos, a História é feita por fatos, embora nem todo fato possa ser considerado História. Como disse o Historiador Edward Hallet Car: 


"(...) O historiador sem os seus fatos não tem raízes e é inútil; os fatos sem seu historiador são mortos e sem significado. Portanto, minha primeira resposta à pergunta 'Que é história?' é que ela se constitui de um processo  contínuo de interação entre o historiador e seus fatos, um diálogo interminável entre o presente e o passado."
(CARR, E. Que é história?, 1982, p.65).


            Ou como escreveu Adam Schaff: "(...) É portanto a interpretação que eleva os fatos vulgares ao nível dos fatos históricos ou, reciprocamente, que derruba estes últimos do seu pedestal." (SCHAFF, Adam. História e Verdade, 1995, p. 237).


Dan Brown

            Voilà! Não pretendo aqui nessa postagem discorrer sobre o que pode ou não ser considerado fato histórico. O certo é que Dan Brown trata em sua trilogia, em meio a tanto malabarismo ficcional, de fatos que são verdadeiramente históricos. E, não posso negar, ele escreve muito bem. Consegue prender o leitor da primeira à última página. Os três livros seguem uma mesma linha de ação, deixando parecer um mesmo produto, com um mesmo sabor, apenas dividido e enlatado em recipientes diferentes. O herói é o mesmo:  o Professor de  Simbologia Religiosa da Universidade de Harvard, Robert Langdon - uma mistura de James Bond com Indiana Jones. O que chama a atenção, pra quem não lê os livros apenas atrás de emoção, são as referências a locais, pessoas, datas, símbolos, objetos, sociedades secretas e documentos que realmente existiram ou ainda existem. Dan Brown estudou História da Arte na Universidade de Servilha, Espanha, onde começou a estudar com seriedade os trabalhos de Leonardo da Vinci, fato que foi de suma importância para escrever um dos seus livros. A esposa de Brown, Blythe, é pintora e historiadora da arte, e colabora nas pesquisas de seus livros.

            Até aqui tudo muito bonitinho. Acontece que os livros de Dan Brown tem um poder de persuasão muito grande. O turismo nos locais citados no livro, por exemplo, aumentam após os leitores ficarem curiosos e desejosos de conhecer in loco os cenários e os objetos que os deixaram eletrizados durante a leitura do(s) livro(s). O problema é quando a leitura desses livros influenciam alguns leitores a adotarem uma ideologia errônea acerca de quem é Deus, quem é o Senhor Jesus Cristo, qual o propósito e o significado da Bíblia, qual o verdadeiro destino da humanidade, etc. E, para completar, passam a ver a Maçonaria, por exemplo, como um cordeirinho inocente; uma célula sadia dentro da sociedade, que vela para que um dia as mentes humanas sejam totalmente iluminadas pela "verdade" emanada do Grande Arquiteto do Universo.

            Não aconselho nenhum crente desavisado a ler qualquer desses livros. Conheço algumas pessoas que ao se depararem com simples questões filosóficas naufragaram na fé. Não é difícil que alguns cristãos inconstantes "tropecem nas páginas" dos livros de Dan Brown, pois eles envolvem o leitor e fazem com que muitos pensem que o Cristianismo é parte de um mosaico formado por crenças, seitas, sociedades secretas, ideologias, filosofias, enfim, é mais um no meio desses movimentos bizarros e satânicos. Posteriormente vou falar neste Blog sobre os perigos contidos em cada livro da trilogia de Dan Brown, pois considero que essas obras contribuem para levar os seus leitores desapercebidos a uma letargia espiritual, pois Brown, ao contrário do que afirma em seu livro O Símbolo Perdido, está contribuindo para levar caos onde já existe ordem. Mas o Sol da Justiça, queira satanás ou não, está voltando; Ele que é o Rei dos Reis e Senhor dos senhores, o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Então todos verão, mais uma vez, a diferença entre os que servem e os que não servem a Deus. Ora vem, Senhor Jesus!


Pastor Hafner
Chavannes - Suíça

Os degraus da consagração são para quem está disposto a descer!

              A ascensão ministerial é uma bênção para quem realmente tem um chamado específico de Deus para exercer o episcopado. O problema é que muita gente não entende que a hierarquia eclesiástica é inversamente proporcional à hierarquia militar, por exemplo. No militarismo, a escada da hierarquia tem sentido de subida. No ministério eclesiástico, ao contrário, a escada tem sentido de descida. Quando um Soldado é promovido a Cabo, ele sobe um degrau na "escada" da hierarquia militar. Vem a promoção para Sargento, e lá se vai a subida de mais outro degrau. Como Sargento, o outrora Soldado terá algumas regalias que antes não tinha - não vai mais lavar banheiros e nem ficar andando pelo quartel "fazendo faxina e catando papel", tão proclamado nas casernas pelos recrutas. Ao contemplar as divisas fixadas nas mangas da sua farda, o recém-graduado se orgulhará de ter subido mais um degrau. Sonhará em chegar a Sub-Tenente e, quem sabe, ingressar no privilegiado Quadro de Oficiais - aí será a sua apoteose. Isso é salutar no militarismo, mas, infelizmente, há crentes que pensam dessa forma em nossas Igrejas, ou seja, enxergam a consagração como um degrau de subida. Se forem separados para o diaconato, entendem que subiram um degrau. Então, usando a lógica aristotélica e não a  humildade em oração, projetam o próximo passo: o PRESBITÉRIO! E como se esse sentimento já não estivesse por si só equivocado, consideram-se superiores a outros irmãos que pensam estar em uma posição inferior à deles. Se chegarem a ser pastores, misericórdia, agora é a hora de usufruir das benesses que o cargo pode oferecer. LEDO ENGANO!

            O Senhor Jesus disse: "Mas o maior dentre vós será vosso servo." (Mt 23.11). E mais: "... o maior entre vós seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve." (Lucas 22:26). E ainda: “O Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.” (Mc 10.45). O Apóstolo Paulo, escrevendo aos Filipenses sob a inspiração do Espírito Santo, falou: "Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo” (Fp 2.3). O que muitas vezes observamos em nossas Igrejas, porém, é um grupo de homens arrogantes e orgulhosos, que pensam em ascender ministerialmente para terem status social, privilégios, poder, enfim. Muitos desses não conseguem destaque na sociedade em que vivem e percebem na Igreja a possibilidade de uma escalada social; um lugar onde podem exercer  as suas aspirações de honra e glória. Esquecem de buscar o que nos orienta a Palavra de Deus:

"De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz."

(Filipenses 2.5-8)


Há irmãos que são separados para o diaconato e que o chamado é para ser Diácono por toda a vida. E isso já é uma grande honra - o primeiro mártir da Igreja Cristã, Estêvão, era Diácono (Atos 6.5). Assim sendo, o diaconato não significa o primeiro degrau, o presbitério o segundo e assim por diante. Em Efésios 4.11-12 diz que o próprio Senhor Jesus "... concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo...". Antes de querermos alcançar posições ministeriais dentro da Igreja, precisamos perguntar ao Senhor Jesus qual é o verdadeiro chamado que Ele tem para as nossas vidas. E tem mais: galgar degraus na hierarquia eclesiástica não significa estar subindo cada vez mais para o céu! Cargo na Igreja não é sinônimo de santidade e nem de galardões diante do Senhor. Muitos que se dizem pastores irão sofrer a condenação eterna ou, pelo menos, ficar numa situação bem a quem do que esperam na eternidade. Por outro lado, muitos irmãos e irmãs que são desprezados, humilhados, ignorados, etc., mas que tem uma vida de santidade diante de Deus, serão exaltados pelo Senhor na eternidade.

            Portanto, antes de assumir qualquer cargo na Igreja ou ser consagrado(a), pense se realmente foi pra isso que o Senhor te chamou e, também, no peso da responsabilidade que virá sobre os teus ombros, pois a Palavra de Deus nos diz que: "A quem muito foi dado, muito será cobrado". (Lc 12.48). Ore ao Senhor e pergunte-O: "Senhor, foi para isso que o Senhor me chamou? É dessa forma, Senhor, que queres que eu te sirva?".

           
A paz do Senhor Jesus Cristo,


Pastor Hafner
Chavannes - Suíça

Teria José, como Governador do Egito, tomado uma decisão errada?

            Entre os personagens mais celebrados da Bíblia está José, filho de Jacó, neto de Isaque e bisneto de Abraão. A sua fidelidade, o seu caráter e a sua obediência são apenas algumas características que o levaram a ser considerado como um "tipo" do Senhor Jesus Cristo. Ninguém duvida da integridade moral de José. Pelo menos era o que eu pensava, até ler alguma coisa que afirma ter José agido de forma errada, ao conduzir sua família para a terra do Egito para lá residir, não a deixando permanecer na terra que Deus havia prometido a Abraão, Isaque e Jacó. 

            Vamos ler os argumentos de quem vê a atitude de José como um erro que custou a liberdade do seu povo:

"José ou José do Egito (em hebraico יוֹסֵף, significando "Yahweh acrescenta"; Yôsēp em hebraico tiberiano; mais tarde designado como צפנת פענח, Tzáfnat panéach ou áfənat paʿnéa, em hebraico padrão ou āp̄əna paʿănēª em hebraico tiberiano, do egípcio que significaria "Descobridor das coisas ocultas") foi o décimo primeiro filho de Jacó, nascido de Raquel, citado no livro do Génesis, no Antigo Testamento, considerado o fundador da Tribo de José, constituída, por sua vez, da Tribo de Efraim e da Tribo de Manassés (seus filhos). Quando se tornou faraó, foi-lhe concedida a mão de Azenate, serva do faraó anterior.

História
Filho preferido de Jacó, apesar de não ser o seu primogênito (mas o primeiro filho de Raquel, a mulher que mais amava), José nunca escondeu a sua posição de superioridade em relação aos outros irmãos, que se ia manifestando através de sonhos em que a sua figura tomava sempre um lugar de destaque e liderança. O favoritismo, de que era alvo por parte do pai, valeu-lhe a malquerença dos irmãos, que o venderam, por 20 moedas (sheqel) de prata, como escravo a mercadores ismaelitas, os quais levaram José ao Egito do período da XVII dinastia.


            Já no Egito, foi comprado por Potifar (oficial e capitão da guarda do rei do Egipto), de quem conquistou a confiança e tornou-se o diligente dos criados e administrador da casa. Na casa de Potifar, acabou estudando com um escriba e aprendeu o antigo egípcio. Foi preso após acusação injusta de tentativa de abuso da mulher do seu amo, depois de uma tentativa frustrada de sedução por parte desta.

           
            Na prisão

            Na prisão, tornou-se conhecido como intérprete de significado dos sonhos. Lá, ele decifrou o sonho do copeiro-chefe e padeiro-chefe do palácio do Faraó, que foram presos acusados de conspiração. Segundo a interpretação de José, o sonho do padeiro-chefe indicava que este seria enforcado, mas o do copeiro-chefe indicava que este seria salvo, tendo isto mesmo ocorrido (Gênesis 40:1-22).

           
            O sonho do Faraó

            Vale ressaltar que àquela época a casta dos sacerdotes se opunham ao faraó, apoiavam um outro faraó, Taá II, que tinha domínio no Alto Egito e sempre estavam por trás das fomentações de conspirações. O faraó Apopi I pertencia a linhagem dos hicsos, um povo que havia invadido e tomado o poder no Egito.


            Um dia, o Faraó teve um sonho profético no qual 7 vacas magras comiam 7 vacas gordas e mesmo assim continuavam magras. Para explicar seu sonho, ele convocou todos os sacerdotes do Egito para decifrá-lo. Nenhum desses conseguiu, então o copeiro-chefe se lembrou do escravo na prisão, José, que tinha decifrado seu sonho e indicou-o ao Faraó. Então, o Faraó chama José e este consegue dar uma interpretação que o satisfaz, de que o Egito passaria por 7 anos de fartura e 7 anos de seca.
           

            José torna-se Adon do Egito

            Logo após a interpretação de José, o Faraó, muito satisfeito com a inteligente interpretação de José, dá a José um anel de seu dedo e o nomeia Adon do Egito, um cargo semelhante a chanceler, apesar de algumas versões da bíblia trazerem a palavra Governador.
José, então, ordena que se construam celeiros para guardar a produção do Egito durante os anos de fartura. Em verdade, também, José, nos anos em que passou na prisão, havia se inteirado da situação política do Egito e sabia também que nos anos de seca apenas ele, do Baixo Egito, teria comida criando assim uma vantagem sobre o soberano egípcio Taá, apoiado pela casta sacerdotal e que governava o Alto Egito. E assim aconteceu. Nos 7 anos de fartura, José, que vendia os cereais dos celeiros reais a preço de ouro, conseguiu comprar para o Faraó quase a totalidade das terras do Alto Egito.


            José reencontra-se também, com os seus irmãos, que pensavam erradamente que José ia matá-los. José depois se apresentou a seu pai que correu aos braços arrependido, e com a chegada destes, com seu pai, ao Egito. É assim que o povo israelita se instala no Egito, antes de ser escravizado e, mais tarde, libertado sob a liderança de Moisés.
           

            O fim do governo

            É possível que durante os anos de seca os sacerdotes tenham conseguido despertar a ira popular contra José e Apopi I, o faraó hicso, pois é durante esses anos que acontecem vários conflitos civis contra os governantes que terminaram com a vitória do faraó Taá II e seu exército, que tomaram primeiro Mênfis e depois a então capital Tânis. Vendo-se sem condições de vencer, Apopi e seus vassalos refugiam-se em Aváris, a cidade fortaleza construída pelos hicsos. Os hicsos acabaram finalmente vencidos, depois de aproximadamente 500 sobre as terras do Egito, por Ahmés I filho de Taá, na XVIII dinastia. É muito provável que José tenha morrido durante esses combates contra Taá II ou em um dos conflitos civís. Em nenhum outro local que fale da vida de José é contemplado o fato de que possivelmente ele tenha passado por uma transformação no seu ego, pelo fato de ascender tão rapidamente de encarcerado para a condição de número dois na hierarquia do Egito que, somados com a forte emoção de reencontrar seus irmãos e a possibilidade de vir a abraçar seu pai e seu irmão Benjamim, filho da mesma mãe Raquel, pode tê-lo feito esquecer da aliança que Deus fez com seu avô Isaque e com seu bisavô Abraão. Essa aliança foi a de que a terra de Canaã, onde morava seu pai Jacó, seria dada à Abraão e seus descendentes e José, sem consultar Deus, providenciou as melhores terras do Egito para receber seus familiares que abandonaram a Terra Prometida e foram morar no Egito onde suas gerações futuras permaneceram por mais de 400 anos, até o aparecimento de Moisés (grifo meu)."



           
            Sabemos que a maioria das interpretações aponta para o fato de que a terra de Gósen, no Egito, onde José colocou sua família para habitar (cerca de "setenta almas"), serviu como um refúgio providenciado por Deus para que o povo por Ele escolhido se multiplicasse sem ser contaminado pelas práticas nefandas e idólatras dos cananeus. Nesse caso, José é inocentado da acusação de ter agido sem consultar Deus. Mas, de qualquer forma, fica aqui o espaço aberto para que você emita a tua opinião.

            No amor de Cristo Jesus,


Pastor Hafner
Chavannes - Suíça